COMO REAGIR A UMA TENTATIVA DE ASSALTO?

Infelizmente no dia de ontem, fui abordado por um vagabundo na cidade de Ouro Preto, por volta das 15 horas, em pleno dia com sol quente, em uma das principais ruas do centro histórico. E o que eu fico revoltado é como as coisas acontecem e ninguém toma qualquer atitude que seja. Vejamos os fatos: no domingo, ao retornar da cidade de Itabirito, em um encontro de aeromodelistas no qual eu mesmo participei, meu amigo sofreu um acidente no qual uma moto toda "fodida" com o perdão do termo, estava transitando a 30 quilômetros por hora na 356. Meu amigo com uma carretinha ao sair da curva a uns 80 se depara com este LIXO de condutor. Ao pisar no freio abruptamente, a carretinha o empurrou e ele capotou. Graças a Deus os danos foram apenas materiais e nada aconteceu com meu amigo. O "filho da puta" novamente com o perdão do termo e da palavra, se quer parou após provocar este grave acidente e foi embora sem ao menos prestar qualquer tipo de socorro que seja. Possivelmente um assassino sem habilitação e com a merda da moto totalmente irregular


Este é o Brasil, um país de todos. Os vagabundos, assassinos e corruptos. E o pior de tudo e que ninguém pode fazer absolutamente nada para mudar este quadro que vem vitimando pessoas em todas as nossas estradas. Então, fui o visitar com minha esposa e filha. Ao retornarmos, passamos em Ouro Preto para almoçar e fazer algumas fotos, que modéstia parte, ficaram lindas. No centro perguntei a um guarda que me indicou continuar subindo no sentido do Museu da Inconfidência e virar a direita para estacionar o meu carro, sendo que este LIXO de Cidade Histórica de merda nem estacionamento pago possui. Bem ao lado da igreja Nossa Senhora do Carmo, na rua Costa Sena, parei meu carro, local que acreditei ser seguro. Logo, fomos almoçar. Esta foi uma das fotos que tirei neste dia, da esquina na qual tinha parado o meu carro.


Uma rua simples e parcialmente segura. Ao retornarmos para seguir viajem, logo na esquina um meliante falou algumas palavras sem nexo algum. Desconsiderei e se quer dei atenção a ele. Neste ponto, estávamos eu, minha esposa e minha filha de apenas 2 anos de idade bem em frente aquela casa marrom com 3 portas. Continuei andando e minha esposa me informou que o meliante estava nos seguindo. Fui observando o movimento dele pelos retrovisores dos carros estacionados. Como o carro estava um pouco longe como se pode observar, ele deve ter imaginado que estávamos hospedados naquela rua e voltou. Eu vi quando ele voltou para a esquina. Então pedi minha esposa para que apresasse o passo, e aproximando do carro ela me disse que teria dificuldades em sair da vaga. Destravei o carro pelo alarme, abri a porta de traz, observei que tinha apenas 23 centímetros para o carro de trás e no máximo 55 centímetros em relação ao carro da frente, acomodei minha esposa e entrei no carro. Ele estava com a trava carneiro e ao tentar abrir a trava, peguei a chave de casa. Fiz as contas e calculei que tinha que afastar 20 centímetros e que com exatos 73 centímetros conseguiria sair da vaga com apenas uma única volta de manobra. Foi quando escutei da minha esposa: "o cara está vindo correndo". Então me foquei e suspendi todas as chaves, calmamente. Travei as portas do veículo, Peguei a chave da trava, destravei a mesma, retirei ela do volante e liberei o pedal do freio. A coloquei em meu colo e liguei o carro. Ao engatar a ré o vagabundo já estava ao lado da minha janela, pedindo para abaixar o vidro e com sua mão esquerda dentro do bolso de sua calça jeans velha, suja e desbotada. Sua expressão era de um homem drogado ou alcoolizado e tentando me amedrontar a qualquer custo.  Pedi minha esposa para colocar nossa filha entre suas pernas e se deitar sobre ela caso algo acontecesse fora do esperado. Não consigo me esquecer do olhar dele, no entanto só conseguia ver desespero e nada mais naquele olhar, frio, triste e em tons de sangue. Sua camisa acinzentada jogada ao vento, de malha, me fazia pensar. Era como se o tempo estivesse totalmente desacelerado e eu ali, esperando a menor reação dele. No entanto eu conhecia todos os riscos que nós três estávamos correndo dentro daquele carro. Apesar de ter o vidro da frente e o teto que é totalmente de vidro, blindado eu sabia que os laterais são apenas vidros duplos. Meu risco era de 1 em 400.00 mil para sair daquele local totalmente ileso, eu e minha família. Fiz todas as contas e cálculos em um ou dois segundos apenas. Então tomei a decisão, tenha três opções bem específicas.

  • Já estava com a ré engatada. Meu carro automático, 2.8 turbo e muito, muito forte e agressivo, sabia disto. É projetado para suportar grande impactos e suas colunas assumem posições de proteção eminente. Já estava abrigado, com os vidros fechados e portas travadas. Minha esposa e filha no banco de trás. Aproposito, jamais ande com sua esposa no banco da frente, pois neste caso, nada conseguirá a salvar em caso de um possível disparo por arma de fogo. Encostei o máximo que podia já com a trava carneiro que é um "puta" pedaço de ferro vermelho em meu colo e a minha total e inteira disposição. Caso ele estivesse armado, eu iria tirar o pé do freio e cravar ele no acelerador. Iria com tudo para cima do carro parado logo atrás de mim. Isto provocaria um barulho muito grande, desorientação no vagabundo e chamaria a atenção dos policiais que estavam na rua logo abaixo de nós, a uns 350 metros. Também varias pessoas sairiam de suas casas para ver o que estava acontecendo.  
  • Caso ele sacasse uma arma, eu poderia abrir a porta com toda a minha força o empurrando e talvez com um pouco de sorte, ele caísse no chão como apresentava sinais de embriagues e neste momento, abrigado atrás da posta do carro, eu conseguisse deferir contra ele alguns golpes com a trava carneiro, mirando os seus braços e principalmente a arma, caso a mesma não tivesse caísse no chão. Neste caso, eu estaria pronto para chegar às últimas consequência e ele não sairia vivo daquela situação, certamente.
  • Ir saindo com o carro bem devagar, com calma e tranquilidade. Sangue frio, caso ele não estivesse armado, mesmo com a mão esquerda no bolso me indicando que estivesse.     

Então comecei a avaliar o risco. Eu olhei cada parte do corpo dele buscando uma arma e nada encontrei. Olhei nos olhos dele e vi que ele queria apenas me amedrontar, gesticulando para minha esposa no banco de trás do carro. Procurei novamente algum vestígio de arma de fogo e novamente, nada localizei e sem mais pensar, fiz sinal de positivo para ele, como se seu objetivo fosse o de me orientar na manobra. Fixei meus olhos em suas mãos e comecei a soltar suavemente o freio, como meu carro é automático, ele se movimentou quase que de forma imperceptível. Na reportagem do Fantástico, exibida neste domingo, dia 05 de Junho de 2016, o Luis Fernando que também faz uso de nootrópicos, informou ao repórter que as vezes senti como se sua visão estivesse expandida. Bom, neste pico máximo de adrenalina, parecia que eu conseguia ver tudo de forma periférica, só que com 260º, eu juro. Tanto que sai de uma vaga apertada pelo tamanho do meu veículo com apenas esta simples ré de no máximo 20 centímetros. E como não vi qualquer vestígio que fosse de arma de fogo, travei o volante no sentido deste vagabundo e saí com o carro de forma suave, sem olhar para trás. Logo ao terminar de descer e após ativar o GPS, encontrei com uma viatura da Polícia Militar, buzinei e passei a situação para eles solicitando providências e segui viaje. 


Mas logicamente, não se existe uma regra para sair em segurança de uma situação como esta. Pois o risco se torna eminente e qualquer ação pode resultar em uma tragédia que não pode ser contida ou se quer evitada. Na minha opinião o mais seguro, é construir um banker com 15 centímetros de puro aço reforçado com titânio, 3x3 debaixo da sua própria casa, manter suplementos e oxigênio suficiente para 20 dias, mesmo blindado, colocar grades em todas as janelas, placa de aço até a metade em cada uma delas, para evitar disparos diretos efetuados por armas de fogo, construir muros de proteção, colocar cerca Elétrica e de Concertina, sistema de captação de energia solar, circuito interno de TV com gravação, alarme em todas as portas e janelas, travas de aço em todas as portas, mesmo que de forma ilegal, procurar manter uma arma de fogo em local seguro, inviolável, mas de fácil acesso e principalmente, não sai mais de casa. Acredito que somente desta forma, tenhamos o mínimo de segurança aqui no Brasil daqui a uns 10 anos, caso esta corja de bandidos e ladrões do alto poder executivo e legislativo não criem vergonha em suas caras de merda, e façam algo que realmente funcione e coloque o bandido debaixo da terra e não o trabalhos em prisões, mesmo que seja em sua própria casa.

Eu recomendo ainda que em uma situação de assalto como esta, caso o vagabundo realmente esteja armado, você mantenha a calma, saia do carro com as mãos para cima, não procure olhar nos olhos do vagabundo e tente, implore a ele apenas para deixar sua mulher e filha saírem do veículo. O resto é apenas o resto, não se preocupe com o veículo e faça tudo que ele pedir. Ao sair do carro vire de costas para ele e informe que sua carteira está no bolso da calça, diga mais ou menos quanto de dinheiro tem dentro dela, informe que a chave está na ignição do veiculo, que sua filha possui uma doença séria e que precisa ser medicada de duas em duas horas e pronto. Não reaja de forma alguma, pois a sua vida e de sua família, certamente não tem preço.

Agora se algum dia este governo de merda, passar a valorizar o cidadão de bem e colocar o vagabundo em seu devido lugar, quem sabe poderemos manter uma arma sempre carregada e em pronto empenho dentro de nossos veículos, após realizarmos cursos de capacitação. Neste caso, após qualquer pessoa, homem, mulher, criança, idoso, branco ou negro, abordarem uma pessoa colocando sua mão esquerda no bolso, insinuando que esteja armado, colocando não só a sua vida em risco, mas a de sua esposa e filha amada com apenas dois aninhos de idade, você possa abrir o vidro e assim que ele chegar, o alvejar com 3 ou 4 disparos no peito e um na testa para concluir o serviço de uma só vez. Que sinceramente, não vou mentir, era o que eu queria no fundo mais profundo da minha, ter feito e se possível fosse, eu teria o executado sem a menor dúvida ou arrependimento que fosse.